quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Meu sistema de classificação dos vinhos


Bem, como falei anteriormente, depois de estudar um pouco, procurar se informar, trocar ideias com outros apreciadores de vinho, comprar vários, errar, acertar, você vai consolidar as suas preferências e saber exatamente o que lhe agrada.

Sim, porque é isto mesmo.

Você pode até já ter se acostumado com todo o linguajar do mundo do vinho: redondo, macio, pesado, leve, tânico, frutado, honesto, equilibrado, nervoso...
Com sabor de frutas vermelhas, sabor de tabaco, especiarias, aroma de café, flores secas...

Tudo isto é muito interessante. 
E não são invenções. Alguns tem maior,  outros menor percepção da enorme variedade de aromas e sabores.

Se começar a prestar atenção e tiver um pouco de paciência, você irá se surpreender com tantas e tantas descobertas agradáveis.

Mas, no fim de tudo, pelo menos pra mim, o que importa é o seguinte: gostou desse vinho?

Por isso eu resolvi criar um critério bastante simples de classificação.

Pra mim só existem três tipos de vinhos:

   1. Aquele que eu gostei. Muito. E vou sempre comprar de   novo.
É aquele vinho que você toma e fica feliz; louco pra tomar a segunda taça.
Você recomenda pra todo mundo, mesmo sabendo que gosto cada um tem o seu.
Mas você ficou impressionado.
E este vinho não precisa ser caro. Pode até ter um preço bem em conta.

Eu tenho estes meus preferidos bem presentes na memória.
Dei a eles a classificação NV-3.


2.       2. Aquele que eu não achei ruim. Se não tiver outras opções, eu compro de novo.
Se estiverem servindo num evento qualquer, eu bebo.
É um vinho simples, que não causou grandes sensações, nem surpresas.
Este é o famoso vinho chamado de HONESTO.

Tenho uma lista destes também.
Dei a eles a classificação NV-2.


3.        3.Aquele que eu achei muito ruim. Detestei. Não compro de novo de maneira alguma.

Dei a eles a classificação NV-1.
Se estiverem servindo num evento qualquer, eu não bebo.
Se ganhar de presente de um desconhecido, numa rifa ou num amigo oculto, deixo pra cozinhar.
Se ganhar de presente de um conhecido, dou de presente pra um desconhecido.
Se ganhar de presente de um amigo, faço ele beber comigo: claro, amigo tem que provar que é amigo!


E como recusar a beber se lhe oferecerem?
Bem, como eu mesmo fiz a pergunta, vou facilitar o contexto da mesma...

Imagine só.
Você está no casamento da filha de um colega de serviço, e viu que estão servindo um  NV-1.  E somente ele. Generosamente!



Você sentado numa mesa qualquer, comendo coxinhas frias com maravilhosas doses de água. De repente você percebe que o garçom vem vindo em sua direção. Portando um NV-1 com toda pompa e cerimonial francês de serviço.








Você finge que a coxinha caiu no  joga a coxinha no chão (que chance incrível de se livrar dela também!!! Yes!!!) abaixa pra – agora sim, finge – apanhá-la e ao se levantar, já se levanta virado 180 graus em relação ao garçom. Ufa! Nada de olho no olho.

Mas ele é um bom garçom. 
 
Ele chega até você: “Vinho, senhor?”
Hein?! Ah, vinho. Não, não. Obrigado.
Mas você estava errado, ele não é apenas um bom garçom. Ele é ótimo. Primeiro da turma. Roupas impecáveis. Usa gravata por puro prazer e delírio.
“Porque, não gosta de um B-O-M vinho, senhor?”

Você precisa ser rápido. Tem que dar uma resposta final e crédula, pra encerrar de vez aquela tortura. Não pode inventar nada irracional. Nem mentir.

O quê?!!! Claro que não. Muito pelo contrário! Mas sabe o quê é? Olha só que azar. Justo hoje!. Você conhece o programa BASTA DE FRAUDES!, da BHTRANS? Não? Ahn.
Pois é. Eu sou um dos integrantes da equipe voluntariada e hoje à noite, mais tarde, eu fui chamado pra testar um lote de bafômetros comprados de TAIWAN, que a imprensa está acusando de dar falso-positivo, sabe? Aí nós da equipe vamos dar umas “bafadas” mais tarde. Chato né? Não vou poder beber nem o licorzinho depois do café...
Mas obrigado pela atenção. Valeu. Brigadão! Brigadão...



Nenhum comentário:

Postar um comentário